Essa decisão foi tomada em uma votação realizada no dia 28 de maio, demonstrando uma clara divisão de opiniões dentro do grupo. Apenas quatro deputados votaram para derrubar o veto, enquanto dois não votaram durante a sessão.
De acordo com o cientista político da Universidade de Brasília, Luis Felipe Miguel, a composição do grupo ficou desfavorável para aqueles que defendem medidas mais rígidas contra a desinformação. Ele destacou que existe uma representação significativa de parlamentares cujas carreiras estão relacionadas ao fomento de notícias falsas.
A criação do GT ocorreu no dia 5 de junho, e os deputados envolvidos terão 90 dias, prorrogáveis por mais 90, para apresentar um projeto que defina as regras de atuação das plataformas digitais no país. Essa discussão substituiu a tramitação do Projeto de Lei 2.630/2020, conhecido como PL das Fake News, que foi retirado da pauta pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, devido à falta de acordo entre os parlamentares.
Apesar das divergências de opinião, a proporcionalidade na distribuição dos integrantes do GT entre os blocos partidários foi respeitada na maioria dos casos. Como exemplo, o bloco União Brasil/PP/PSDB/Cidadania/Solidariedade/PDT/Avante/PRD, que detém 31% das cadeiras da Câmara, ficou com 35% dos assentos no GT das redes sociais.
Portanto, a questão das regras para as redes sociais no Brasil ainda é um tema controverso e que divide opiniões entre os parlamentares envolvidos no grupo de trabalho.