Diretores da IFI participam de encontro internacional na Grécia para discutir política fiscal e mudanças climáticas.

Diretores da Instituição Fiscal Independente (IFI) estão participando do 16º encontro de representantes de órgãos com função institucional semelhante, que acontece na Grécia e é promovido pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) em Atenas. O objetivo do evento é incentivar essas instituições a destacarem a importância da sustentabilidade das finanças públicas como uma prioridade nas políticas públicas.

Criada pelo Senado em 2016, a IFI brasileira tem como principal missão ampliar a transparência nas contas públicas, fornecendo assessoria aos parlamentares em temas relacionados. Além disso, a instituição monitora e avalia a eficácia dos programas e políticas fiscais do governo federal, divulgando estudos e relatórios que contribuam para a tomada de decisões mais informadas.

Marcus Pestana, diretor-executivo da IFI, ressaltou a importância do papel desempenhado por essas instituições independentes fiscais, especialmente após a crise global de 2008 e 2009. Organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e a própria OCDE têm valorizado cada vez mais o trabalho realizado pelas IFIs, o que reforça a necessidade de fortalecer a IFI brasileira.

O encontro na Grécia aborda temas como a relação entre eleições, sustentabilidade fiscal e democracia, com 58 países realizando eleições em 2024. A discussão também envolve as mudanças climáticas, ressaltando o papel das instituições e dos responsáveis pelos orçamentos parlamentares na compreensão das implicações financeiras dessas mudanças. Para auxiliar nesse processo, a OCDE apresentou uma ferramenta de avaliação abrangente dos impactos das alterações climáticas na vida pública e na sustentabilidade fiscal.

Os diretores da IFI, Alexandre Seijas de Andrade e Vilma Pinto, estão presentes no evento, que busca promover debates e trocas de experiências entre as instituições fiscais independentes de diversos países. A tragédia socioambiental no Rio Grande do Sul é citada como exemplo dos enormes impactos econômicos e fiscais das mudanças climáticas, mostrando a relevância do trabalho desenvolvido pelas instituições participantes do encontro.

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