Estudantes e apoiadores protestam contra PL do Aborto em ato público na UFAL e denunciam medidas regressivas no Brasil

Na manhã desta terça-feira (18), os movimentos estudantis da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e seus apoiadores se reuniram em um ato público em frente à Câmara Municipal de Maceió, no bairro do Jaraguá. O objetivo principal do protesto era denunciar o Projeto de Lei (PL 1904/24), aprovado em regime de urgência pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

O PL 1904/24 propõe considerar crime de homicídio os abortos realizados após a 22ª semana de gestação, mesmo em casos de violência sexual, uma situação que já é prevista por lei. Os Centros Acadêmicos de Psicologia (CAPsi) e de Dança Dandara dos Palmares (CADAN) da UFAL manifestaram publicamente seu posicionamento contrário ao “PL do Aborto”, destacando que a medida representa uma ameaça aos direitos conquistados pelas mulheres ao longo de quase um século.

Os manifestantes também apresentaram dados alarmantes sobre os casos de estupro no Brasil e ressaltaram a importância do aborto como uma questão de saúde pública, indo além dos casos de violência sexual. Além disso, repudiaram a pena prevista para as mulheres que optarem por realizar o procedimento, destacando que a punição mais severa recai sobre a vítima do abuso, e não sobre o agressor.

Em comunicado oficial, os movimentos afirmaram que se posicionam contra o PL 1904/24 e criticaram a postura dos parlamentares de extrema direita que, de forma oportunista, exploram o tema do aborto em benefício próprio em ano eleitoral. Defendendo a autonomia das mulheres sobre seus corpos, a nota destacou a importância da liberdade de decisão em relação à gestação, sem o temor de julgamentos ou ataques.

Em defesa dos direitos, da saúde integral e do acesso seguro ao aborto, os manifestantes enfatizaram o seu repúdio ao PL do estupro, reafirmando a importância da luta pela garantia dos direitos das mulheres em relação ao seu próprio corpo.

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