Após a votação, críticas surgiram em relação ao projeto, e protestos eclodiram em diversas cidades do país. O presidente Lula classificou a proposta como uma “insanidade”, enquanto deputados como Laura Carneiro (PSD-RJ) e Erika Hilton (Psol-SP) manifestaram suas opiniões contrárias veementemente.
A deputada Laura Carneiro, que já sofreu dois abortos, destacou o impacto emocional e físico que essa decisão pode ter para uma mulher. Ela ressaltou que a Câmara dos Deputados deve buscar maneiras de proteger as mulheres de situações de violência, em vez de criminalizá-las.
Por outro lado, deputados como Eli Borges (PL-TO) e Coronel Chrisóstomo (PL-RO) defendem o projeto, argumentando que a proposta busca garantir a viabilidade de vida para fetos após 22 semanas de gestação. Eles alegam que preservar a vida do feto é uma prioridade e que o projeto visa assegurar esse direito.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) mencionou um manifesto liderado por mulheres cristãs que pedem o arquivamento da proposta, ressaltando a mobilização crescente contra medidas que possam resultar na criminalização das mulheres.
Diante de um tema complexo e delicado como o aborto, as opiniões divergem e as discussões se acirram. É fundamental que o debate seja realizado de forma cuidadosa, considerando as diferentes realidades e necessidades das mulheres vitimadas pela violência. A busca por soluções que levem em conta a saúde e o bem-estar das mulheres deve ser uma prioridade, evitando a transformação das vítimas em criminosas, como ressaltou a deputada Benedita da Silva.