Ministros atualizam regras do Selo Biocombustível Social para impulsionar participação da agricultura familiar na produção de biodiesel.

O governo federal anunciou nesta terça-feira (18) a atualização das regras para a concessão do Selo Biocombustível Social, com o objetivo de impulsionar a participação da agricultura familiar na produção de biodiesel. A measure foi assinada pelos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Criado em 2004, o Selo Biocombustível Social concede benefícios fiscais e comerciais aos produtores de biodiesel que adquirem matéria-prima ou produtos de agricultores familiares.

As mudanças na portaria também prevêem o fomento a projetos de pesquisa, a estruturação de cadeias produtivas e o fortalecimento das organizações da agricultura familiar. Além disso, a assistência técnica e extensão rural passam a ser contínuas e sistêmicas, buscando atender a toda a unidade familiar de produção. Com o objetivo de garantir a eficácia das novas regras, foram instituídos comitês estaduais para acompanhamento do Selo Biocombustível Social.

De acordo com o governo, mais de 58 mil agricultores serão beneficiados inicialmente, com a expectativa de ampliação para mais 14 mil famílias até 2025. Este ano, a compra de produtos nessas regiões está estimada em R$ 740 milhões, com projeção de alcançar R$ 1,6 bilhão a partir do próximo ano. A maior demanda por produtos da agricultura familiar se deve ao aumento da mistura de biodiesel no diesel fóssil, que passou de 12% para 14% em março deste ano, com previsão de chegar a 15% a partir de 2025.

Essa variável tem um impacto direto nos volumes de compra da agricultura familiar e, com a reestruturação do Selo Biocombustível Social, o governo busca não apenas impulsionar a produção de biodiesel, mas também promover o desenvolvimento econômico e social das regiões Norte, Nordeste e Semiárido do Brasil. Em meio aos desafios enfrentados pela agricultura familiar, as novas medidas visam garantir melhores condições de trabalho e renda para os pequenos produtores, contribuindo para a sustentabilidade do setor no país.

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