Vartanian destacou que os principais fatores de risco para o desenvolvimento desses cânceres são evitáveis, como o consumo de tabaco, álcool e, nos últimos anos, o aumento de casos relacionados ao HPV, vírus transmitido principalmente por contato sexual desprotegido. Ele enfatizou a importância do diagnóstico precoce, que torna o tratamento mais fácil e barato, e também da abordagem multidisciplinar, que envolve diferentes profissionais de saúde e se baseia em evidências científicas.
Para reduzir a taxa de diagnóstico tardio, que corresponde a cerca de 70% dos casos, o dirigente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço sugere a realização de campanhas de conscientização como o Julho Verde, além de investimentos na formação de profissionais da saúde. O debate foi proposto pelo deputado Weliton Prado, presidente da Comissão Especial de Combate ao Câncer no Brasil, e contou com a presença de representantes de diversas associações e institutos ligados à saúde.
Durante o evento, Prado destacou a importância da Lei 14.758/23, que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no Sistema Único de Saúde (SUS), e ressaltou a necessidade de implementar medidas para melhorar o cuidado e o tratamento dos pacientes diagnosticados com câncer de cabeça e pescoço. O debate reuniu diversos especialistas da área, que discutiram formas de combater essa doença que afeta milhares de pessoas em todo o mundo.
