Grupo de pesquisadores desenvolve estudo com inteligência artificial para ajudar pacientes com dermatite atópica através do ChatGPT.

Um grupo de 11 renomados professores ligados à International Society of Atopic Dermatitis (Isas), incluindo três médicas brasileiras, conduziu um estudo inovador baseado em inteligência artificial (IA) para proporcionar informações sobre dermatite atópica por meio do aplicativo ChatGPT. A iniciativa visa disponibilizar perguntas e respostas científicas sobre a doença, abordando principalmente o aspecto social.

A dermatologista Ana Mósca, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologista do Rio de Janeiro (SBDRJ) e integrante do grupo de pesquisa, ressaltou a importância do trabalho realizado pelos professores, que são também especialistas em dermatite atópica. Cada integrante desenvolveu dez perguntas e respostas para esclarecer dúvidas dos pacientes, resultando em um conteúdo publicado em inglês no Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology.

A iniciativa não se restringe apenas à comunidade médica e científica, sendo acessível para o público em geral, proporcionando orientações valiosas sobre como lidar com situações relacionadas à doença. De acordo com Ana Mósca, o ChatGPT oferece acolhimento aos pacientes, abordando questões diversificadas, como o uso de banhos de ervas e chás.

Além disso, o grupo de pesquisadores está traduzindo o conteúdo para outros idiomas, visando alcançar um público mais amplo, incluindo africanos desassistidos. A intenção é auxiliar médicos na melhoria da qualidade de vida dessas pessoas e promover ações sociais em prol dos pacientes carentes.

Para Ana Mósca, a dermatite atópica é uma doença desafiadora, especialmente nos casos moderados a graves, que podem resultar em impactos significativos na vida dos pacientes, incluindo pensamentos suicidas. A falta de acesso a medicamentos específicos e o alto custo dos tratamentos tornam o quadro ainda mais complexo.

A dermatite atópica é uma condição inflamatória que se manifesta por meio de lesões na pele, sendo acompanhada por sintomas como coceira intensa. A gravidade da doença varia de leve a grave, com os casos mais complexos apresentando desafios no diagnóstico e tratamento. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações e controlar a evolução da doença.

Diante da necessidade de acesso a novos tratamentos, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) abriu uma consulta pública para avaliar a incorporação de medicamentos de alto custo para o tratamento da dermatite atópica. A participação popular nesse processo pode contribuir para aprimorar a assistência aos pacientes afetados por essa condição dermatológica complexa.

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