A reclamação é um procedimento inicial que precede a eventual abertura de um processo disciplinar contra magistrados. O ministro Salomão destacou a importância de uma investigação rigorosa sobre a conduta do desembargador. Ele ressaltou a necessidade de que todas as formas de discriminação ou violência sejam repudiadas, incluindo o tratamento adequado a todos os que estão envolvidos no exercício do Poder Judiciário.
A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio Grande do Sul também está acompanhando o caso e planeja apresentar uma denúncia contra o magistrado ao CNJ e à corregedoria da Justiça do Trabalho. Segundo o Estatuto da Advocacia, a advogada gestante tem o direito de ser ouvida antes de outros advogados durante as sessões de julgamento nos tribunais de todo o país.
Durante a sessão em questão, a advogada Marianne Bernardi aguardou das 9h às 16h30 para que seu processo fosse chamado para julgamento. Apesar de alegar que a prioridade não se aplicava a sessões virtuais, o desembargador Luiz Alberto de Vargas negou o direito de preferência à gestante. Ele chegou a questionar se ela estava realmente grávida, o que foi prontamente respondido quando a advogada mostrou sua barriga para a câmera.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do tribunal, aguardando um posicionamento do gabinete do desembargador Luiz Alberto de Vargas sobre o episódio. O desfecho desse caso deve ser acompanhado de perto, dada a relevância das questões levantadas em relação aos direitos das mulheres grávidas no ambiente judiciário.