Durante a investigação, que ocorreu de forma sigilosa, foi constatado que os suspeitos estavam explorando indivíduos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, os submetendo a jornadas exaustivas de trabalho. As vítimas eram levadas a trabalhar mais de 10 horas por dia, tentando vender produtos nas ruas, muitas vezes mesmo estando doentes.
Uma das informações mais alarmantes é a ausência de um contrato formal entre os investigados e as vítimas, o que resultava na privação dos direitos trabalhistas básicos, como pagamento de férias, 13º salário e recolhimento do FGTS. Além disso, o salário pago era inferior ao mínimo legal, impactando diretamente na subsistência das vítimas e prejudicando especialmente a alimentação.
Os crimes investigados incluem a redução de pessoas a condições análogas à escravidão, e a atuação conjunta da Polícia Federal, MPT e Ministério do Trabalho e Emprego visa não apenas punir os exploradores, mas também garantir que as verbas trabalhistas devidas às vítimas sejam pagas. A operação resultou no cumprimento de três mandados de busca e apreensão em Aracaju, cidade onde as irregularidades foram identificadas.
A Operação Desilusão evidencia a importância de ações integradas para combater práticas abusivas no mercado de trabalho e proteger os direitos dos trabalhadores. A sociedade espera que medidas efetivas sejam tomadas para coibir essas situações e garantir um ambiente de trabalho digno e justo para todos.