Documento do T20 Brasil com propostas e recomendações é entregue às autoridades do G20 para influenciar negociações na Cúpula em novembro.

Recentemente, autoridades do G20 foram apresentadas a um extenso documento de 68 páginas contendo propostas e recomendações elaboradas por centros de pesquisa associados ao grupo T20 Brasil. Dentre os temas abordados no documento estão questões como desigualdade e pobreza, transição energética, reforma da arquitetura financeira internacional, crescimento sustentável e inclusivo, transformação digital e governança global.

O documento propõe mudanças significativas, como alterações na política de empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI), modificações no funcionamento da Organização Mundial do Comércio (OMC), implementação de políticas fiscais progressivas, estabelecimento de mecanismos de cooperação na governança global de dados e criação de regulamentações internacionais para o uso da inteligência artificial.

Gustavo Westmann, assessor especial do G20 para assuntos internacionais da Secretaria de Assuntos Internacionais da Presidência do Brasil, destacou a importância de garantir que essas recomendações sejam consideradas. Ele ressaltou a necessidade de as vozes da sociedade civil serem ouvidas pelas autoridades do G20.

Intitulado “Comuniqué do T20 Brasil”, o documento foi produzido ao longo de vários eventos realizados nos últimos meses. A expectativa é que ele tenha impacto nas negociações para a declaração final a ser aprovada na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, prevista para novembro deste ano, quando termina a presidência temporária brasileira do grupo.

As discussões do T20 Brasil envolvem diversas propostas que buscam dialogar com as três prioridades estabelecidas pela presidência brasileira do G20, que são o combate à fome, à pobreza e à desigualdade, as transições energéticas para o desenvolvimento sustentável e a reforma na governança global.

O Brasil, que assumiu a presidência do G20 em dezembro do ano passado, sucedendo a Índia, trabalha ativamente para contribuir com a agenda internacional e promover a participação de atores não-governamentais nas atividades e decisões do grupo. A presidência temporária será transferida para a África do Sul ao final do ano, em um contexto global desafiador, com questões geopolíticas complexas.

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