Hezbollah ameaça atacar Israel se continuar atingindo civis no Líbano, afirma líder do grupo em discurso televisionado.

O líder do grupo Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, fez declarações contundentes nesta quarta-feira (17), alertando que o grupo atingirá novos alvos israelenses se Israel continuar alvejando civis no Líbano. Nasrallah ressaltou o aumento no número de não combatentes mortos nos últimos dias, citando cinco civis sírios, incluindo três crianças, mortos em ataques israelenses no Líbano na terça-feira (16) e pelo menos três civis libaneses mortos no dia anterior.

Israel, por sua vez, alega que suas ações têm como alvo os militantes e infraestrutura do Hezbollah e não os civis. Nasrallah, durante seu discurso televisionado para marcar o dia sagrado xiita Ashoura, afirmou que o Hezbollah será forçado a lançar mísseis em assentamentos que não eram alvos anteriores se os ataques a civis persistirem.

O Hezbollah, apoiado pelo Irã e considerado a força militar e política mais poderosa do Líbano, não reconhece Israel e se refere a todos os centros populacionais israelenses como assentamentos. Desde que o Hezbollah anunciou uma “frente de apoio” com os palestinos e houve hostilidades em Gaza, Israel e o Hezbollah têm trocado disparos, causando vítimas civis e combatentes.

Os confrontos no Líbano já resultaram na morte de mais de 100 civis e mais de 300 combatentes do Hezbollah, além de causar níveis de destruição sem precedentes nas cidades e vilarejos da fronteira com Israel. Nasrallah prometeu reconstruir as casas danificadas de forma ainda mais bonita.

O líder do Hezbollah também desafiou a capacidade de Israel de travar uma guerra em larga escala no Líbano, afirmando que sua capacidade militar foi prejudicada em Gaza e ameaçando destruir todos os tanques do Exército israelense caso invadam o Líbano. O conflito na região envolve também outros grupos alinhados ao Irã, que têm lançado ataques contra Israel desde outubro.

Embora a situação continue tensa, as declarações de Nasrallah indicam que a escalada do conflito pode ocorrer caso os ataques a civis persistam, levando a uma preocupação crescente na comunidade internacional sobre a possibilidade de um confronto mais amplo na região.

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