Segundo o Ministério Público, os promotores Ivan Carneiro e Alexandra Facciolli Martins estão empenhados em identificar a extensão dos prejuízos causados aos ecossistemas aquáticos da região e determinar quais medidas são necessárias para reparar o dano. Para isso, os promotores já solicitaram informações sobre o caso às autoridades locais, como a Usina São José, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a Polícia Ambiental, a Delegacia de Polícia de Rio das Pedras, o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) e as prefeituras de Piracicaba e São Pedro.
No dia 7 de julho, o forte odor vindo do rio e a grande quantidade de peixes mortos chamaram a atenção das autoridades e da população. Em seguida, a Cetesb identificou que a Usina São José foi a responsável pelo derramamento de resíduos de cana-de-açúcar, afetando a qualidade da água e causando a morte dos peixes. Como resultado, a empresa foi multada em R$ 18 milhões pela Cetesb.
Além disso, a empresa enfrenta a obrigação de adotar medidas corretivas e técnicas para reparar o dano e evitar novos incidentes.
Diversas autoridades locais participaram de uma coletiva de imprensa para anunciar medidas de fiscalização e suporte às comunidades afetadas. A prefeitura de Piracicaba informou a criação de um “Pelotão do Rio” em parceria com a Marinha para garantir a vigilância constante do manancial e a instalação de mais pontos de monitoramento nos rios da região.
A Usina São José afirmou estar colaborando com as autoridades, mas questionou a relação direta entre suas operações e a mortandade de peixes, destacando outros possíveis agentes poluidores na região.
Diante do impacto ambiental causado pela morte dos peixes, as autoridades locais e nacionais estão unidas para garantir a reparação dos danos e a prevenção de futuros incidentes desse tipo.