A operação-padrão é uma medida adotada pelos servidores da Abin em resposta a impasses nas negociações com o governo federal, especialmente em relação ao reajuste salarial e à reestruturação de carreiras. Essa situação tem causado morosidade na prestação de serviços da agência, o que levanta questionamentos sobre a prestação de segurança durante a realização das provas do CPNU.
O MGI, responsável pela coordenação do concurso unificado, afirmou que não prevê alterações na operação de segurança para garantir a realização do CPNU de forma segura. A pasta destacou a parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional, as secretarias de Segurança Pública estaduais, a Fundação Cesgranrio e os Correios, além dos profissionais da Abin, na composição da rede de segurança para o certame.
Enquanto o MGI garante a continuidade do processo seletivo sem interferências, o sindicato dos oficiais e técnicos da Abin, representado pela Intelis, expressa preocupação com a possibilidade de alterações na logística do concurso devido à operação-padrão. A categoria discorda dos termos apresentados pelo governo federal nas negociações das reivindicações de reestruturação das carreiras, manifestando insatisfação com a proposta de reajuste salarial e apontando falta de recomposição para os servidores da base em 2025.
Diante desse cenário de impasse, está prevista uma nova rodada de negociações entre o MGI e as entidades representativas dos servidores da Abin, na tentativa de alcançar um acordo que atenda às demandas da categoria. A reunião está agendada para a tarde desta quarta-feira (24), na sede do ministério, em Brasília, e poderá ser determinante para definir os rumos das relações entre os servidores da Abin e o governo federal.
