O estudo, intitulado “Suplementação em Gestações de Risco”, foi conduzido pela professora Alane Cabral, da Universidade Federal de Alagoas, e teve como objetivo avaliar o uso da N-acetilcisteína (NAC) em gestantes com pré-eclâmpsia. Os resultados obtidos foram significativos, mostrando que as gestantes que utilizaram o suplemento tiveram recém-nascidos com uma idade gestacional maior em comparação com aquelas que não fizeram uso da substância.
De acordo com a pesquisadora, a maior idade gestacional está diretamente ligada à redução da prematuridade, que é um dos principais fatores de risco para a mortalidade infantil. Portanto, a diminuição da prematuridade contribui para melhores taxas de sobrevivência dos recém-nascidos, representando um avanço na saúde materno-infantil em Alagoas.
O estudo enfrentou alguns desafios, como a adaptação dos voluntários aos procedimentos de investigação e a logística da coleta de dados e sangue no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes. No entanto, com o apoio da Fapeal e a dedicação dos pesquisadores, essas adversidades foram superadas, garantindo o sucesso da pesquisa.
A metodologia do estudo envolveu um ensaio clínico duplo-cego, no qual as gestantes com pré-eclâmpsia foram divididas em dois grupos: um que recebeu cápsulas de NAC e outro que recebeu placebo. Os resultados mostraram uma melhora significativa na idade gestacional ao nascimento, indicando a eficácia do suplemento na prevenção da prematuridade.
Com base nos achados do estudo, é recomendada a inclusão do protocolo de uso de NAC no pré-natal de gestantes com pré-eclâmpsia em Alagoas. Estes resultados reforçam a importância dos investimentos em pesquisas na área da saúde, visando promover avanços significativos no campo da inovação científica e no combate às doenças endêmicas.
O Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS) tem sido fundamental para impulsionar projetos inovadores e prioritários na saúde pública em Alagoas. A última edição do edital destinou recursos para diversos estudos, incluindo o combate de doenças endêmicas, estudos de impacto mental, novos vírus e outras temáticas, demonstrando o compromisso do governo em promover avanços na saúde pública por meio da pesquisa científica.