Ataques e vandalismo em instituições públicas na Venezuela geram confrontos e prisões após eleição de Maduro: MP afirma terrorismo.

No dia de hoje, o Ministério Público da Venezuela relatou uma série de ataques e atos de vandalismo ocorridos em diversas instituições públicas, incluindo sedes do Conselho Nacional Eleitoral, estátuas, prefeituras e sedes do PSUV, partido do governo. Estes ataques foram realizados por grupos insatisfeitos com o resultado eleitoral que reconduziu o presidente Nicolás Maduro ao poder.

De acordo com informações do MP, os confrontos resultaram na trágica morte de um membro da Guarda Armada Nacional Bolivariana no Estado de Aragua, além de deixar outros 48 membros das forças de segurança feridos. Mais de 700 pessoas foram presas em decorrência desses incidentes. Por outro lado, a ONG venezuelana Foro Penal contabilizou seis manifestantes mortos desde a última segunda-feira.

O chefe do Ministério Público, Tarek William Saab, classificou parte desses atos como atos de terrorismo, alegando que não se tratam de protestos legítimos, mas sim de grupos criminosos armados que buscam gerar caos e provocar uma intervenção estrangeira no país. O representante da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, demonstrou preocupação com as detenções e afirmou que as manifestações estão ocorrendo em pelo menos 17 dos 24 estados venezuelanos.

Neste contexto de tensão, o Governo de Maduro acusa parte da oposição e países estrangeiros de promoverem um golpe de Estado, enquanto a oposição e organismos internacionais questionam a transparência do pleito eleitoral e exigem a divulgação das atas que permitiriam a auditoria dos votos. Vale ressaltar que até o momento, o CNE ainda não tornou públicas as atas que comprovam o resultado oficial das eleições.

Diante deste impasse político, a Venezuela enfrenta um cenário de divisão e conflito, onde a violência e a incerteza predominam. Enquanto o governo e a oposição divergem sobre os rumos do país, é fundamental que se busque uma solução pacífica e democrática para a crise atual, garantindo a segurança e os direitos de todos os cidadãos venezuelanos.

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