Projeto de Lei propõe estabilidade no emprego para mulheres vítimas de violência doméstica por 12 meses após retorno ao trabalho.

Na tarde de hoje, a deputada Rogéria Santos (Republicanos-BA) apresentou o Projeto de Lei 1424/24, que visa garantir estabilidade no emprego para funcionárias vítimas de violência doméstica. De acordo com a proposta, a dispensa sem justa causa da trabalhadora agredida será proibida por um período de 12 meses a partir do seu retorno ao trabalho após a vigência de medidas protetivas de urgência.

A deputada argumenta que a Lei Maria da Penha, apesar de prever o afastamento do local de trabalho da vítima por até seis meses, pode não ser suficiente para garantir a segurança da mulher agredida. Dessa forma, a proposta busca ampliar a proteção jurídica das mulheres vítimas de violência, equiparando o direito à estabilidade no emprego ao concedido aos trabalhadores que recebem auxílio-doença acidentário.

O texto em análise na Câmara dos Deputados propõe ainda alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e na Lei Maria da Penha, atribuindo à autoridade policial a responsabilidade de encaminhar ao juiz o pedido de reconhecimento do afastamento do trabalho. A deputada ressalta a importância de garantir um período mínimo de estabilidade após o retorno ao trabalho como forma de preservar a dignidade das mulheres agredidas e evitar demissões em decorrência do período de afastamento.

Os próximos passos incluem a análise do projeto pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher, de Trabalho e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso seja aprovada nessas instâncias, a proposta ainda precisará passar pelo Senado para se tornar lei. A iniciativa conta com o apoio da deputada Lara Haje na reportagem e de Natalia Doederlein na edição.

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