O câncer de mama é uma das principais causas de morte entre as mulheres no Brasil, com projeções do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicando 73.610 novos casos anuais para os anos de 2023 a 2025, representando 30,1% dos novos diagnósticos de câncer feminino no país. A neoplasia também é a mais comum globalmente entre as mulheres, com 2,1 milhões de casos registrados em 2018 e 627 mil óbitos anuais.
Segundo o senador, mulheres com histórico familiar de câncer de mama enfrentam riscos aumentados, especialmente em idade jovem. Cerca de 10% dos casos da doença são hereditários, e mulheres com parentes de primeiro grau afetados possuem o risco dobrado. Portanto, a detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de tratamento bem-sucedido e reduzir a mortalidade.
Apesar do aumento inicial de custos com exames, o projeto prevê economia a longo prazo para o SUS, já que a detecção precoce diminui a necessidade de tratamentos agressivos e dispendiosos nos estágios avançados da doença. Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda mamografias bienais para mulheres entre 50 e 69 anos, porém, o senador argumenta que a antecipação do rastreamento é justificada para aquelas com alto risco, como aquelas com mutações genéticas ou histórico familiar de câncer precoce.
Dessa forma, o projeto de lei de Laércio Oliveira visa possibilitar a detecção precoce do câncer de mama em grupos de alto risco, com o intuito de aumentar as chances de sucesso no tratamento e reduzir a mortalidade. A proposta, se aprovada, pode representar um avanço significativo na luta contra o câncer de mama no Brasil, contribuindo para uma melhor qualidade de vida para as pacientes.