Senador propõe rastreamento anual de câncer de mama para mulheres com histórico familiar, visando detecção precoce e redução de mortalidade.

O senador Laércio Oliveira (PP-SE) apresentou um projeto de lei que propõe a instituição do rastreamento mamográfico anual a partir dos 30 anos de idade para mulheres com histórico de câncer de mama em parentes consanguíneos até o segundo grau. O PL 3.021/2024 busca modificar a Lei 11.664, de 2008, que estabelece diretrizes para prevenção, detecção, tratamento e acompanhamento dos cânceres de mama, colo uterino e colorretal pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O câncer de mama é uma das principais causas de morte entre as mulheres no Brasil, com projeções do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicando 73.610 novos casos anuais para os anos de 2023 a 2025, representando 30,1% dos novos diagnósticos de câncer feminino no país. A neoplasia também é a mais comum globalmente entre as mulheres, com 2,1 milhões de casos registrados em 2018 e 627 mil óbitos anuais.

Segundo o senador, mulheres com histórico familiar de câncer de mama enfrentam riscos aumentados, especialmente em idade jovem. Cerca de 10% dos casos da doença são hereditários, e mulheres com parentes de primeiro grau afetados possuem o risco dobrado. Portanto, a detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de tratamento bem-sucedido e reduzir a mortalidade.

Apesar do aumento inicial de custos com exames, o projeto prevê economia a longo prazo para o SUS, já que a detecção precoce diminui a necessidade de tratamentos agressivos e dispendiosos nos estágios avançados da doença. Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda mamografias bienais para mulheres entre 50 e 69 anos, porém, o senador argumenta que a antecipação do rastreamento é justificada para aquelas com alto risco, como aquelas com mutações genéticas ou histórico familiar de câncer precoce.

Dessa forma, o projeto de lei de Laércio Oliveira visa possibilitar a detecção precoce do câncer de mama em grupos de alto risco, com o intuito de aumentar as chances de sucesso no tratamento e reduzir a mortalidade. A proposta, se aprovada, pode representar um avanço significativo na luta contra o câncer de mama no Brasil, contribuindo para uma melhor qualidade de vida para as pacientes.

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