Segundo informações do Ministério da Saúde, o Instituto Evandro Chagas, em Belém, detectou material genético do vírus em diferentes tecidos do bebê, que nasceu com microcefalia, malformações articulares e outras anomalias congênitas. A análise descartou outras possíveis causas para as complicações do recém-nascido, levando as autoridades de saúde a investigarem mais a fundo a correlação do vírus com as anomalias.
Diante da gravidade do caso, o Ministério da Saúde planeja realizar um seminário científico nacional sobre a transmissão vertical da febre do Oropouche e atualizará uma nota técnica sobre a doença para orientar estados e municípios sobre métodos de prevenção, vigilância e assistência em saúde. Recomenda-se medidas de proteção individual, como uso de repelentes e roupas compridas, além de práticas de proteção coletiva, como limpeza de terrenos e uso de telas em portas e janelas.
A febre do Oropouche é transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, e é importante que a população mantenha ambientes limpos e evite áreas com presença de insetos. Até o momento, foram registrados 7.497 casos da doença em 23 estados brasileiros, com maior incidência no Amazonas e em Rondônia. Este caso recente no Acre reforça a necessidade de atenção e cuidados para prevenir a propagação da febre do Oropouche.