O deputado Amom Mandel (Cidadania-AM), que presidiu a audiência pública, alertou sobre a gravidade da situação e discutiu as medidas em andamento para combater as queimadas no estado do Amazonas, com a participação de autoridades dos órgãos ambientais do governo federal e estadual.
De acordo com o gestor da área no Ministério do Meio Ambiente, André Lima, o controle do desmatamento é fundamental para reduzir a ocorrência de incêndios florestais. Ele destacou que, apesar de cerca de 0,63% do território da Amazônia brasileira ter sido afetado por queimadas, houve uma queda de 47% no desmatamento em 2024, superando os 22,5% de redução registrados no ano anterior.
Lima ressaltou que ações efetivas de controle do desmatamento resultaram na diminuição dos incêndios florestais nos municípios prioritários. Além disso, destacou que o programa União com Municípios, assinado por 48 municípios onde ocorrem 70% dos desmatamentos, viabilizou investimentos de R$ 770 milhões para regularização ambiental e fundiária.
Outras medidas anunciadas incluem o aumento de recursos para os bombeiros dos estados amazônicos e investimentos para o Ibama e ICMBio. O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Jair Schmitt, informou que 20 grandes incêndios florestais foram combatidos no Amazonas, e que a contratação de brigadistas florestais temporários está em andamento.
Diante da gravidade da situação, em julho o estado do Amazonas decretou emergência ambiental, proibindo práticas que envolvam fogo por 180 dias. A operação Tamoitatá, integrada entre órgãos estaduais e federais, tem sido essencial para reprimir crimes ambientais.
No entanto, representantes do Comando Nacional dos Servidores do Meio Ambiente e o deputado Amom Mandel destacaram a necessidade de mais ações efetivas por parte do estado e do governo federal para conter a crise climática e proteger a saúde das populações afetadas. A qualidade do ar está em declínio e medidas urgentes são necessárias para preservar o meio ambiente e a vida das comunidades locais.