Proposta de Hauly visa reorganizar finanças das empresas e acabar com guerra fiscal entre estados e munícipios, destaca relatório.

Nesta terça-feira, 13 de agosto de 2024, o deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE) apresentou seu parecer como relator do projeto de lei complementar que visa regulamentar o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços – IBS (PLP 108/24). Em seu parecer, Benevides destacou o trabalho realizado em conjunto com parlamentares, setor privado e representantes do governo para reduzir as controvérsias relacionadas ao projeto.

Uma das principais mudanças propostas pelo relator é a criação de uma diretoria de fiscalização que coordenará a cobrança de fiscais de municípios, estados e da União, evitando a sobreposição de fiscalizações em uma mesma empresa. Além disso, Benevides ressaltou a isenção de pagamento do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD) para o VGBL previdenciário com no mínimo cinco anos de aplicação, visando evitar manobras fiscais de pessoas mais abastadas.

O texto também prevê a manutenção do pagamento do ITBI no registro do imóvel, porém abre a possibilidade para prefeituras reduzirem a alíquota pela metade. Outras alterações incluem a representação de 30% de mulheres nas diretorias do Comitê Gestor, a redução gradual de limites para alíquotas que poderiam prejudicar a arrecadação e a criação de um comitê de harmonização para resolver possíveis divergências.

Durante as discussões no Plenário, os deputados favoráveis ao texto ressaltaram a modernização e simplificação do sistema tributário, enquanto a oposição levantou preocupações com a possibilidade de centralização do sistema, prejudicando estados, municípios e contribuintes.

O deputado Luiz Carlos Hauly (Pode-PR), integrante do grupo de trabalho do PLP 108/24, destacou que a proposta tem o potencial de reorganizar as finanças das empresas e acabar com a guerra fiscal entre estados e municípios, contribuindo para a modernização da economia brasileira.

Por fim, o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), enfatizou a importância da proposta para o crescimento da economia e para garantir um sistema tributário mais justo e equilibrado para o país. A votação do projeto segue em andamento, com debates acalorados sobre os pontos controversos presentes na proposta.

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