Essa queda de 1% em junho foi a maior desde maio de 2023, quando também registrou um recuo de 1%. Apesar desse resultado negativo, o setor ainda acumula um ganho de 4,7% em relação a dezembro do ano passado e apresenta uma alta de 5,2% no acumulado do semestre em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O pesquisador do IBGE, Cristiano Santos, destacou que, apesar da queda em junho, o primeiro semestre de 2024 teve um crescimento significativo de 5,2%, muito acima do crescimento total de 1,7% registrado em 2023. Ele explicou que a redução de maio para junho pode ser atribuída a uma acomodação após as altas consecutivas que levaram o varejo a um patamar histórico de vendas.
O ramo de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foi o principal responsável pela queda do varejo em junho, com um recuo de 2,1% em relação a maio. O pesquisador Santos indicou que o impacto da inflação nos preços dos alimentos pode ter contribuído para esse resultado, uma vez que os alimentos e bebidas tiveram uma alta de preços significativa em junho.
Além disso, Santos ressaltou que houve quedas em outras áreas, como artigos de uso pessoal e doméstico, vestuário e calçados, e livros, jornais e papelaria. Por outro lado, algumas atividades apresentaram altas, como combustíveis, equipamentos de escritório, artigos farmacêuticos e móveis.
Já no Rio Grande do Sul, o comércio varejista teve um aumento de 1,8% de maio para junho, ficando atrás apenas da Paraíba. Destaque para o varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, apresentando um crescimento expressivo de 13,8% em junho, impulsionado principalmente pela retomada da atividade de veículos.
Em resumo, a queda de 1% no comércio varejista em junho reflete uma acomodação após meses de altas consecutivas, mas o setor ainda acumula um crescimento significativo no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado.