Conselho Permanente da OEA aprova resolução sobre situação política na Venezuela e pede transparência nas eleições contestadas.

O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou, em uma reunião realizada nesta sexta-feira (16), uma resolução referente à situação política na Venezuela, em meio à controvérsia em torno do resultado das eleições que garantiram a vitória do presidente Nicolás Maduro. A oposição, assim como diversos países e organizações internacionais, incluindo o Brasil, não reconheceram a legitimidade do pleito.

Durante a manifestação, os países membros da OEA solicitaram ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano que divulgue de forma rápida as atas contendo os resultados de cada seção eleitoral, e que realize uma verificação imparcial dos mesmos, visando assegurar transparência e credibilidade ao processo eleitoral.

A resolução, apresentada pelos Estados Unidos e apoiada por vários países, como Antígua e Barbuda, Argentina, Canadá, Chile, Equador, Guatemala, Paraguai, República Dominicana, Suriname e Uruguai, foi aprovada por consenso. Além disso, o documento solicita a preservação de todo o material utilizado no processo eleitoral, incluindo as urnas eletrônicas e os votos impressos.

Após as denúncias de fraudes por parte da oposição e de ataques cibernéticos contra o CNE, o resultado das eleições na Venezuela foi submetido ao Tribunal Supremo de Justiça, que iniciou um processo de perícia em todo o material eleitoral. Até o momento, as autoridades eleitorais do país não divulgaram os resultados detalhados por mesa de votação e suspenderam auditorias programadas para após o dia 28 de julho.

A OEA também reconheceu a participação significativa e pacífica do eleitorado venezuelano nas eleições, e solicitou proteção às instalações diplomáticas e às pessoas que buscam refúgio nessas instalações. Além disso, a entidade enfatizou a importância do respeito aos direitos humanos, às liberdades fundamentais e às manifestações pacíficas.

Nicolás Maduro foi proclamado reeleito para um terceiro mandato de seis anos, com 52% dos votos, enquanto a oposição, liderada por Edmundo González, alega possuir atas eleitorais que indicariam a vitória do opositor com cerca de 70% dos votos. A crise política na Venezuela continua a gerar debate e tensão tanto a nível nacional quanto internacional.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo