Durante o evento, foi ressaltada a importância de estratégias específicas para cada região do Brasil, um país de dimensões continentais, onde diferentes realidades exigem abordagens adaptadas. Zenaide destacou a necessidade de fortalecer redes articuladas, com suporte financeiro e programas de formação, enfatizando a família como peça fundamental nesse processo.
A alfabetização na idade certa foi apontada como essencial para o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, influenciando diretamente o desempenho acadêmico dos estudantes ao longo de suas vidas. Segundo especialistas presentes, a falta de proficiência na leitura e escrita é um problema alarmante no país, com mais da metade das crianças do segundo ano do Ensino Fundamental na rede pública incapaz de realizar essas tarefas.
Para lidar com esse cenário preocupante, foi destacada a importância de concursos públicos para garantir a reposição adequada de professores, reduzindo a dependência de contratos temporários, o que gera insegurança e compromete a continuidade do processo de alfabetização. A gestão e as políticas de alfabetização também foram apontadas como elementos essenciais a serem equilibrados, com a necessidade de priorização e apoio contínuo por parte dos gestores.
O Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC), implantado no Ceará em 2007, serviu de inspiração para a criação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), com o objetivo de expandir práticas bem-sucedidas para todo o Brasil. A urgência desse tema se intensificou após os impactos da pandemia de COVID-19, que prejudicou o ciclo de alfabetização no país e aumentou significativamente o número de crianças com dificuldades de aprendizagem.
Diante desse contexto, a articulação entre os diversos níveis de governo e a sociedade civil torna-se fundamental para garantir o direito fundamental à educação e a construção de uma base sólida de conhecimento desde a infância, preparando os alunos para os desafios futuros.
