Além disso, a produção de veículos até agosto também apresentou um crescimento, totalizando 259.613 unidades, o que representa um aumento de 5,2% em relação a julho e de 14,4% em comparação com agosto de 2023. Este é o melhor resultado desde outubro de 2019, segundo a Anfavea.
O presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, destacou que a produção conseguiu manter um ritmo constante, mesmo diante dos desafios causados pela paralisação de fornecedores devido às enchentes no Rio Grande do Sul. Ele ressaltou a importância desses números para o setor e celebrou o crescimento consistente.
A Anfavea atribui esse aumento nas vendas e na produção à retomada do setor automotivo e ao lançamento de novos modelos. Leite enfatizou a importância de manter um equilíbrio entre vendas e produção para o bom funcionamento da indústria automobilística.
Outro ponto abordado foi a recuperação das exportações em agosto, mesmo com um dia útil a menos em relação a julho, o que impactou nas vendas. Leite explicou que houve um aumento nas exportações para países como Argentina, Chile, Colômbia e México, resultando no segundo maior volume de exportações do ano. No entanto, no acumulado do ano, as exportações ainda registram uma queda de 17,9%.
A Anfavea também ressaltou a importação de veículos, principalmente os de origem chinesa, com destaque para os veículos elétricos. Atualmente, estima-se que haja um estoque de cerca de 81 mil unidades chinesas no país, o que tem gerado um desequilíbrio no mercado automotivo nacional.
Diante desse cenário, a entidade defende a recomposição imediata da alíquota do Imposto de Importação para evitar prejuízos à indústria nacional. O presidente da Anfavea informou que solicitará à Câmara de Comércio Exterior a retomada da alíquota máxima do imposto.
Além dos dados atuais do setor automotivo, a Anfavea apresentou um estudo para reduzir as emissões de CO² no Brasil, que será apresentado em conferências internacionais sobre mudanças climáticas. A entidade destaca a importância do uso de novas tecnologias de propulsão e biocombustíveis para a descarbonização do setor automotivo, visando uma redução significativa nas emissões até 2040.