Presidente Lula veta projeto de isenção do IPI para móveis e eletrodomésticos em áreas atingidas por desastres; Congresso decide futuro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva surpreendeu ao vetar integralmente o projeto de lei que buscava conceder isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para móveis e eletrodomésticos da linha branca adquiridos por moradores de áreas atingidas por desastres. A proposta, de autoria das deputadas Maria do Rosário e Gleisi Hoffmann, foi apresentada em 2023, antes mesmo das enchentes no Rio Grande do Sul, mas foi depois das calamidades naturais que ganhou destaque e apoio popular.

O senador Paulo Paim, relator do texto no Senado, mostrou-se favorável à medida como forma de contribuir com os atingidos pelos desastres naturais. No entanto, a Presidência justificou o veto argumentando que o projeto acarretaria em renúncia de receita sem previsão orçamentária adequada e sem prazo máximo de vigência da isenção, o que vai de encontro com as normas vigentes.

Segundo a mensagem de veto publicada no Diário Oficial da União, o governo também alertou para o risco de a isenção do IPI não ser repassada integralmente aos consumidores, visto que o imposto incide sobre os produtores e fornecedores de mercadorias, e não diretamente sobre os compradores.

Agora, caberá aos senadores e deputados decidirem se manterão ou derrubarão o veto do presidente em sessão conjunta a ser agendada. O debate promete ser acalorado, com a defesa da medida como forma de auxílio aos afetados pelos desastres e a argumentação do governo em prol da responsabilidade fiscal e orçamentária.

Resta aguardar os desdobramentos desse embate no Congresso Nacional e o impacto que a decisão terá tanto para os residentes das áreas atingidas quanto para a economia do país.

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