Senado aprova lei que destaca contribuições femininas nos currículos escolares e institui Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História.

Nesta terça-feira (10), o Senado aprovou o Projeto de Lei (PL) 557/2020, que determina a inclusão obrigatória de abordagens femininas nos currículos escolares, bem como a criação da Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História. Se sancionado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto vai modificar conteúdos curriculares do ensino fundamental e médio, tanto em escolas públicas quanto privadas.

O objetivo do PL é resgatar e destacar as contribuições, vivências e conquistas das mulheres nas áreas científica, social, artística, cultural, econômica e política. A baixa representação feminina em diversos campos, como o científico, é um dos argumentos utilizados para justificar a necessidade dessas medidas, que buscam combater o preconceito e o desencorajamento enfrentados por mulheres.

A senadora Soraya Tronicke (Podemos-MS), relatora do projeto, ressaltou a importância de incluir a perspectiva feminina de forma igualitária no ensino, descontruindo estereótipos de gênero que influenciam desde cedo as escolhas e oportunidades das meninas. Ela salientou que muitas descobertas e conquistas atribuídas a homens tiveram a participação de mulheres, cujos nomes foram ignorados ao longo da história.

Além disso, o PL propõe a realização anual da Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História, a ser realizada nas escolas durante a segunda semana de março. A proposta é promover uma maior representatividade feminina em áreas onde a sub-representação é evidente, como política, física, filosofia e matemática, contribuindo para a igualdade de gênero e enriquecendo a tomada de decisões em diversos campos.

Em resumo, o PL 557/2020 visa transformar o sistema educacional, valorizando as contribuições das mulheres e promovendo a igualdade de oportunidades e representatividade de gênero em todos os níveis da sociedade brasileira. Uma iniciativa que busca desconstruir estereótipos, reconhecer o papel das mulheres na história e construir um futuro mais igualitário e diversificado para todos.

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