Os dados divulgados pela corporação há cerca de duas semanas apontavam para um crescimento significativo nos casos de incêndios. O volume de ocorrências desde o início do ano é 85% maior do que no mesmo período de 2023. Municípios como Rio de Janeiro, São Gonçalo e Duque de Caxias lideram a lista dos mais afetados, seguidos por outras cidades como Maricá, Nova Iguaçu, Niterói e Nova Friburgo.
A situação se agrava ainda mais quando os incêndios ocorrem próximos a comunidades, como é o caso do Parque Estadual da Pedra Branca e do Morro das Andorinhas, em Niterói. A preocupação dos moradores é evidente diante da propagação das chamas.
Além disso, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, na região serrana, tem enfrentado uma intensa batalha contra os incêndios. A unidade de conservação, conhecida por sua extensa rede de trilhas e prática de esportes de montanha, tem mobilizado brigadistas e enfrentado desafios decorrentes do clima seco e dos fortes ventos.
Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) confirmam a gravidade da situação, com 840 focos de queimadas detectados desde o início do ano. O número de ocorrências de incêndios florestais atingiu o maior valor desde 2017, e a tendência é de que os registros aumentem nos próximos meses.
Diante desse cenário preocupante, a qualidade do ar também está sendo impactada, com estações de monitoramento registrando alterações nas condições atmosféricas. A população está sujeita a sintomas como tosse seca, cansaço e irritação nos olhos, nariz e garganta, principalmente crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.
O governo do Rio de Janeiro está tomando medidas para lidar com a situação, incluindo a troca de comando na Defesa Civil e a criação de um gabinete de crise. No entanto, o corte de recursos voltados para o combate aos incêndios foi motivo de preocupação e polêmica, levantando debates sobre a eficácia das ações governamentais.
Em resumo, o estado do Rio de Janeiro enfrenta uma crise sem precedentes de incêndios florestais, com impactos significativos na qualidade do ar e na saúde da população. Medidas urgentes e eficazes são necessárias para lidar com essa situação e proteger o meio ambiente e as comunidades afetadas.