A assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou, em nota, que está em fase de elaboração uma resolução conjunta com a Secretaria de Estado de Polícia Civil para regulamentar o uso do equipamento pelas forças especiais. A resolução já foi enviada ao STF e será respeitada conforme determinação da Corte.
Segundo a versão da PM, os policiais estavam realizando policiamento quando dois homens em uma motocicleta atiraram contra eles. Após o confronto, um adolescente foi encontrado ferido e não resistiu aos ferimentos. A polícia afirmou que apreendeu uma pistola calibre 9 mm no local. A área foi isolada e a Delegacia de Homicídios da capital foi acionada. A corporação já instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias do crime.
Porém, os moradores da comunidade têm uma versão diferente. O tio de Thiago, Hamilton Bezerra Flausino, afirmou no Instituto Médico Legal (IML) que o adolescente era estudante, praticava futebol, frequentava a igreja e não tinha envolvimento com o crime. Ele ressaltou que os dois homens na moto não representavam perigo aos policiais.
A mãe de Thiago, Priscila Menezes, também compareceu ao IML e declarou que o filho era indefeso e não andava armado. Ela revelou que Thiago sonhava em ser jogador de futebol profissional e tinha talento na modalidade. Abalada, Priscila disse que o sonho do filho foi interrompido.
Em resposta ao incidente, o Jornal comunitário Voz das Comunidades organizou um protesto em repúdio à morte de Thiago. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro também lamentou o ocorrido e está acompanhando o caso. A instituição já solicitou a cópia do inquérito policial à Delegacia de Homicídios da Capital e as imagens das câmeras à Corregedoria da Polícia Militar.