De acordo com Sonia Guajajara, esse aumento populacional se deve a diferentes fatores. Um deles é a possibilidade de os povos indígenas que vivem em áreas urbanas poderem se identificar como indígenas. Além disso, há estimativas de lideranças indígenas apontando um considerável aumento no número de crianças e jovens nas aldeias. A ministra ressaltou que esses fatores devem ser levados em consideração para entender o crescimento da população indígena no Brasil.
Dos 1.693.535 de pessoas que se autodeclararam indígenas, cerca de 689,2 mil residiam em terras indígenas, segundo os dados do Censo. Essa informação demonstra a importância de reconhecer e valorizar as terras indígenas como espaços de moradia e preservação cultural.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também esteve presente no lançamento do Censo 2022 Indígenas e destacou que muitos indígenas foram invisibilizados em censos anteriores devido à dificuldade do Estado em chegar até eles. Segundo ela, conhecer a realidade dos indígenas e suas necessidades é fundamental para a implementação de políticas públicas eficientes. Simone Tebet ressaltou a importância das parcerias entre ministérios para alcançar esse resultado.
O Censo 2022 Indígenas proporcionou uma visão mais ampla e detalhada da população indígena no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento de políticas inclusivas e respeito à diversidade cultural do país.