Cabral revelou que tem trabalhado cerca de 16 horas por dia desde que assumiu a presidência da empresa, em 2018. Ela se considera uma ativista ambiental e destaca a importância de desenvolver o Brasil de forma sustentável, em harmonia com a natureza.
Nos últimos meses, Cabral tem se reunido com políticos para discutir a aceleração das políticas regulatórias do Brasil para competir com países vizinhos, especialmente a Argentina. Atualmente, o Brasil é o quinto maior produtor de lítio do mundo, enquanto a Argentina está em quarto lugar.
A executiva ressaltou que o lítio extraído pela Sigma é considerado “verde” devido ao processo industrial adotado pela empresa. Eles não utilizam químicos nocivos, não possuem barragem de rejeitos e a maior parte da água utilizada é reutilizada.
Embora o Brasil esteja buscando se estabelecer como um território produtor de lítio, Cabral reconhece que a Argentina está mais avançada nesse setor devido às políticas de mercado favoráveis que atraíram investimentos significativos.
No entanto, ela acredita que o Brasil ainda pode se destacar no setor, especialmente porque o lítio brasileiro é considerado verde e o país possui vantagens competitivas.
Cabral também abordou a possibilidade de queda no preço do lítio devido ao aumento da oferta global e ressaltou a importância do planejamento de longo prazo para enfrentar as variações do mercado.
A presidente da Sigma concluiu a entrevista destacando o compromisso da empresa em ser socialmente e ambientalmente sustentável, além de seu papel na criação de empregos e desenvolvimento regional.
A respeito dos rumores de venda da Sigma para o bilionário Elon Musk ou uma mineradora chinesa, Cabral não confirmou nem negou as informações, deixando em aberto possibilidades futuras para a empresa.