Comissão da Câmara aprova recurso para rediscutir vacinação de crianças contra Covid-19, gerando debate sobre prioridades no Brasil.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou um recurso da deputada Julia Zanatta (PL-SC) que busca rediscutir a obrigatoriedade da vacinação contra Covid-19 de crianças entre seis meses e cinco anos de idade. A decisão ocorreu após o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), devolver um projeto apresentado por Zanatta que visa impedir a inclusão das vacinas contra a Covid-19 no Calendário Nacional de Vacinação Infantil (PDL 486/23).

O processo ainda precisa passar por votação no Plenário da Câmara dos Deputados, mas já gerou polêmica e divisão de opiniões entre os parlamentares. Enquanto alguns defendem a importância da vacinação como medida de proteção à vida, outros acreditam que há outras prioridades que demandam atenção no Brasil.

Para a deputada Julia Zanatta, o país possui questões mais urgentes e prementes do que a vacinação obrigatória de crianças tão novas. Ela destaca que muitos óbitos em crianças abaixo de um ano de idade estão relacionados a questões ligadas à gestação, parto e período neonatal, que poderiam ser prevenidas com investimentos na atenção primária e nos programas de pré-natal.

No entanto, outros deputados como Alencar Santana (PT-SP) e Diego Garcia (Republicanos-PR) argumentam que a obrigatoriedade da vacinação é uma questão de saúde pública e que a decisão da Mesa Diretora em devolver o projeto de Zanatta foi acertada. Eles acreditam que a vacinação faz parte de uma conquista histórica e científica que contribui para a preservação da vida das crianças.

Independentemente da divergência de opiniões, o tema continua gerando debates e discussões acaloradas no ambiente político. Ainda resta aguardar a decisão do Plenário da Câmara dos Deputados para saber qual será o desfecho dessa questão tão importante para a saúde pública no Brasil.

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