O equipamento terá capacidade para lançar sementes em uma área de 50 hectares por dia, o equivalente a aproximadamente 50 campos de futebol. Com a utilização dos drones, espera-se uma aceleração significativa no processo de reflorestamento, com a expectativa de que os impactos sejam sentidos no prazo de dois a cinco anos, conforme explica a secretária de Meio Ambiente e Clima, Taína de Paula.
A implementação do projeto-piloto será na Floresta da Posse, em Campo Grande, na zona oeste da cidade, e terá o apoio de uma parceria com a startup franco-brasileira Morfo. O investimento da prefeitura será de R$ 27 mil, um valor considerado baixo diante das perspectivas de ganhos para o meio ambiente e a população.
Além do drone, a Morfo irá fornecer suporte para o mapeamento e digitalização do território da cidade, assim como na seleção de sementes. Segundo o CEO da startup, Grégory Maitre, alguns tipos de sementes serão encapsulados para aumentar a taxa de germinação. A inteligência artificial também será utilizada para criar padrões de plantio e definir um plano de plantio, otimizando a alocação de sementes e espécies em cada área.
Essa inovação tecnológica se mostra promissora, principalmente considerando as dificuldades enfrentadas nas atuais práticas de reflorestamento, que envolvem trabalho manual e transporte de mudas em terrenos de difícil acesso. A gerente do Programa Mutirão Reflorestamento, Camila Rocha, destacou que o drone irá auxiliar os trabalhadores, acessando áreas distantes e contribuindo para o monitoramento das áreas reflorestadas.
O programa Refloresta Rio, lançado na década de 1980, ganha, com essa novidade, um aliado importante na missão de recuperar as áreas degradadas. A implementação de novas tecnologias e estratégias mais eficientes é fundamental para enfrentar os desafios do reflorestamento e garantir um ambiente mais saudável para a população do Rio de Janeiro.