Entre as principais formas de manifestação dessa transfobia, destaca-se o uso intencional de pronomes masculinos para se referir às parlamentares, uma clara tentativa de diminuir e deslegitimar sua presença e identidade. Além disso, é possível observar a falta de respeito ao nome social das deputadas, ignorando completamente o reconhecimento público de sua identidade de gênero.
É alarmante também a utilização de termos pejorativos para se referir às parlamentares, classificando-as como “aberrações” e “anomalias”. Essa linguagem depreciativa não apenas viola os princípios básicos de respeito e igualdade, mas também fomenta um ambiente hostil e inseguro para as deputadas exercerem suas funções e representarem seus eleitores.
A presença desses comentários transfóbicos nos chats das transmissões ao vivo é um reflexo da cultura de ódio que permeia as discussões políticas na internet. A facilidade de acesso e o anonimato proporcionados por essas plataformas digitais encorajam indivíduos a expressarem seus preconceitos de forma impune.
No entanto, é fundamental ressaltar que a transfobia não deve ser tolerada e que medidas precisam ser tomadas para combater esse tipo de discurso de ódio. As plataformas digitais têm a responsabilidade de criar mecanismos eficazes de moderação, a fim de identificar e remover conteúdos ofensivos e prejudiciais.
Além disso, é necessário promover a conscientização sobre os direitos e a dignidade das pessoas trans. A educação é uma ferramenta poderosa para combater preconceitos e estereótipos, proporcionando uma sociedade mais inclusiva e igualitária.
Diante dessas constatações, é importante que as autoridades responsáveis pela CPMI e pelos canais de transmissão adotem medidas concretas para garantir a segurança e o respeito às deputadas e demais pessoas trans que atuam no meio político. É necessário promover um ambiente saudável e livre de discriminação, onde todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas.