Com bandeiras nacionais em punho e cânticos de apoio, os manifestantes seguiram em multidão pelas ruas da cidade em direção ao estádio, onde ocorreu o comício. O evento contou com a presença de líderes militares e políticos que endossaram a causa, bem como de cidadãos comuns que se uniram em prol do movimento.
O líder da junta militar, Abdourahmane Tchiani, fez um discurso emocionado durante o comício, agradecendo o apoio da população e reforçando o objetivo do levante de estabelecer um novo governo que atenda às necessidades do povo do Níger.
Os manifestantes também aproveitaram a oportunidade para expressar sua insatisfação com o ultimato dado pela França, que exigiu a restauração do governo civil em um prazo determinado. Eles consideram essa atitude como uma interferência indevida nos assuntos internos do país e uma violação de sua soberania.
A França, antiga potência colonial do Níger, teme que a situação política instável conduza a um vácuo de poder que favoreça grupos extremistas na região do Sahel. No entanto, os manifestantes argumentam que a interferência externa apenas prolongará a instabilidade e que é necessário permitir que o Níger encontre e implemente suas próprias soluções.
O enorme apoio demonstrado pela população nigerina ao levante militar coloca um desafio para a França, que agora precisa navegar cuidadosamente em suas relações com o país. A resposta do governo francês a esse movimento popular será observada de perto, tanto pelos nigerinos quanto pela comunidade internacional.