Nesta manhã, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra Mauro Cid, seu pai, o general de Exército Mauro Lourena Cid, e o ex-advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef. O diálogo em questão ocorreu no dia 18 de janeiro deste ano entre Cid e Marcelo Câmara, identificado como assessor de Bolsonaro.
De acordo com os investigadores, o general Mauro Lourena Cid estaria em posse dos US$ 25 mil, que “possivelmente pertenceriam a Jair Bolsonaro”. O relatório também aponta que os interlocutores manifestaram preocupação em utilizar o sistema bancário para transferir o dinheiro ao ex-presidente.
Cid mencionou a possibilidade de levar o valor em dinheiro (em cash) e entregar pessoalmente a Bolsonaro, ou então depositá-lo em sua conta. O áudio mostra ainda a opinião de Cid de que quanto menos movimentação bancária envolvida, melhor.
Segundo as regras do Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes recebidos por autoridades estrangeiras devem ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor responsável pela Presidência da República. Esses presentes não podem ficar no acervo pessoal de Bolsonaro e devem ser devidamente catalogados.
A Agência Brasil entrou em contato com a defesa de Mauro Cid, mas aguarda retorno. A reportagem também está buscando contato com as defesas dos outros envolvidos na investigação.
Essas informações reforçam ainda mais a importância das investigações em torno de supostos atos ilícitos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus colaboradores. Ao trazer à tona as suspeitas de desvio e venda de presentes recebidos por autoridades estrangeiras, a Operação Lucas 12:2 se mostra crucial na busca por transparência e combate à corrupção. Resta aguardar os desdobramentos desse caso e ver quais serão as consequências para os envolvidos.