Durante a divulgação do balanço sobre o evento “Diálogos Amazônicos”, que antecede a Cúpula da Amazônia, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a importância de interromper a emissão de gases provenientes de combustíveis fósseis para evitar danos à Amazônia. Mesmo que a meta de desmatamento seja atingida, sem essa interrupção, o bioma continuará sofrendo prejuízos.
Um ponto sensível nesse debate é a intenção da Petrobras de explorar petróleo na foz do Rio Amazonas, o que gerou críticas de ambientalistas preocupados com os danos que essa exploração poderia causar à floresta. Em contrapartida, representantes dos oito países amazônicos estão reunidos para firmar compromissos pela preservação do bioma. Enquanto o Brasil defende a meta de desmatamento zero até 2030, a Colômbia tem como foco o fim da exploração de petróleo na floresta.
Marina Silva ressaltou a importância do trabalho conjunto entre os países para enfrentar o problema. Segundo ela, mesmo que cada nação tenha sua dinâmica e processo próprios, é necessário chegar a um consenso progressivo para combater a desigualdade e evitar que a Amazônia chegue a um ponto de não retorno.
Os presidentes dos países participantes irão reunir os compromissos assumidos na Cúpula da Amazônia em uma carta intitulada “Declaração de Belém”, que será composta apenas pelos consensos estabelecidos entre os países da Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA).
Nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Belém para participar do evento. Durante sua chegada, ele foi questionado sobre a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas, mas preferiu não discutir o assunto naquele momento.