Nísia Trindade classificou a batalha contra a desinformação como uma guerra, ainda que questionando se essa é a melhor abordagem para combatê-la. Ela ressaltou a rapidez com que informações falsas são disseminadas e a forma criminosa como são compartilhadas, apontando para uma orquestração por trás dessas ações.
A ministra também fez críticas à abordagem de dar voz a diferentes perspectivas sobre fatos, alertando para os perigos de legitimar discursos que não deveriam ter espaço em determinados ambientes. Ela citou como exemplo as discussões na CPI da Covid e a necessidade de validar informações por meio dos processos históricos da ciência.
Além disso, Nísia Trindade abordou a relação entre desinformação e a dificuldade enfrentada pelo país na vacinação, atribuindo parte dos problemas ao negacionismo. Ela propôs estratégias como facilitar o acesso às vacinas, ampliar a percepção de risco por meio de campanhas educativas e promover a vacinação nas escolas.
A ministra destacou a importância de diversificar as estratégias na saúde e em outras políticas sociais, enfatizando a necessidade de sair do modelo único e buscar abordagens inovadoras. Suas declarações na SBPC reforçam a importância do combate à desinformação e da promoção de políticas públicas eficazes para enfrentar os desafios relacionados à saúde no Brasil.