Villavicencio era conhecido por suas posturas políticas de esquerda moderada no início, mas recentemente se declarou como sendo de centro. Ele acreditava que o Equador necessitava de um governo corajoso para enfrentar os problemas que ameaçam a economia e a segurança do país. Em sua campanha, ele prometeu combater as máfias tanto pela via legal quanto pelo uso de forças armadas.
O assassinato do candidato trouxe à tona a crise de segurança que assola o Equador. O país encerrou o ano de 2022 com a maior taxa de mortes violentas de sua história, sendo a grande maioria atribuída ao crime organizado e ao narcotráfico. Os portos equatorianos tornaram-se trampolins para o tráfico de cocaína em direção à Europa e América do Norte.
A repercussão do assassinato foi imediata, com diversos países manifestando seu repúdio ao crime. O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, expressou suas condolências à família de Villavicencio e ao povo equatoriano. O ex-presidente Rafael Correa condenou o ataque e lamentou o estado falido em que o Equador se encontra. Líder das pesquisas de intenção de voto, Luisa Gonzalez expressou seu luto e indignação, afirmando que o ato vil não ficaria impune.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) manifestou preocupação com a segurança dos demais candidatos às eleições equatorianas e pediu que reforcem suas medidas de segurança. China, França, Espanha, Chile e União Europeia também condenaram o crime.
Enquanto o Equador busca justiça para o assassinato de Juan Villavicencio, a tragédia expõe as profundas fissuras na sociedade equatoriana, tais como a fragilidade do Estado e a prevalência das atividades criminosas. Resta agora esperar pela investigação transparente e completa, na esperança de que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados.