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O governo italiano aprovou nesta segunda-feira (07/08) um imposto inesperado de 40% sobre os bancos para 2023, na tentativa de ajudar detentores de hipotecas e para reduzir taxas.

Anunciada pelo vice-premiê e ministro da Infraestrutura e dos Transportes, Matteo Salvini, a taxação extra de 40% será cobrada se a margem de juros praticada em 2022 foi pelo menos 5% maior que no exercício anterior e se a de 2023 superar a de 2021 em ao menos 10%.

A medida chega após os bancos italianos terem registrado lucros recordes no primeiro semestre, com suas receitas turbinadas pelos seguidos aumentos de juros do Banco Central Europeu (BCE) para conter a inflação na zona do euro.

“A decisão foi tomada durante um conselho de ministros em Roma e, segundo Salvini, o ministro da Economia italiano, Giancarlo Giorgetti, aprovou ‘uma regra de equidade social, que é um imposto sobre lucros extras bancários limitado a 2023’.”

A medida prevê que todos os recursos serão destinados a dois itens: ajuda para hipotecas da primeira casa e redução de impostos. Além disso, estabelece que o imposto extraordinário para 2023 tem uma taxa de 40%, mas não pode, em caso algum, ultrapassar 25% do patrimônio líquido.

“Se o custo do fardo do dinheiro para famílias e empresas aumentou e dobrou, não dobrou igualmente, rápido e significativo o que é dado aos correntistas”, acrescentou Salvini, reforçando que há uma grande diferença entre as taxas aplicadas aos empréstimos e depósitos.

De acordo com fontes do governo, a cobrança sobre os lucros extras dos bancos deve render mais de 2 bilhões de euros aos cofres do Estado.

As ações de bancos italianos na Bolsa de Valores de Milão operam em forte queda nesta terça-feira (08/08) após a decisão do governo de cobrar o imposto de 40% sobre lucros extras de instituições financeiras.

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