O volume de serviços prestados no país em junho registrou um aumento de 12,1% em relação a fevereiro de 2020, que foi um período pré-pandemia de covid-19. No entanto, apesar dessa recuperação, o volume ainda está 1,5% abaixo do pico alcançado em dezembro do ano passado.
Essa melhora no setor de serviços foi impulsionada por 16 unidades da Federação, com São Paulo, Paraná, Distrito Federal e Minas Gerais sendo as que mais influenciaram positivamente o indicador nacional, registrando crescimentos de 0,3%, 1,9%, 2,9% e 0,9%, respectivamente. Por outro lado, o Rio de Janeiro teve a maior contribuição negativa, com uma queda de 2,4%.
Em comparação com junho do ano passado, o crescimento foi de 4,1%, marcando a 28ª taxa positiva consecutiva nesse indicador.
Dentre os setores que contribuíram para o crescimento em junho, destacam-se as empresas de atividades jurídicas, administração de cartões de desconto e programas de fidelidade, e engenharia. Esses prestadores de serviços foram responsáveis por interromper a queda contabilizada em maio e abril nos serviços profissionais, administrativos e complementares.
Os serviços prestados às famílias também apresentaram um aumento de 4,1% nos últimos três meses, sendo 1,9% apenas em junho. Esse desempenho pode ser associado ao crescimento da receita de restaurantes e espetáculos teatrais e musicais.
Em relação aos segmentos investigados pela pesquisa, três dos cinco apresentaram crescimento em junho. A atividade de informação e comunicação foi a terceira a crescer. Por outro lado, as atividades de transportes e outros serviços apresentaram queda, com destaque para gestão de portos e terminais, transporte aéreo de passageiros, transporte rodoviário coletivo de passageiros e transporte por navegação interior de carga.
A pesquisa também revelou que o índice de atividades turísticas teve uma variação negativa de 0,4% em junho, mas acumulou um ganho de 4,3% no primeiro semestre. Segundo o IBGE, o volume de serviços no setor de turismo ainda está 4,9% acima do patamar pré-pandemia, mas 2,6% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em fevereiro de 2014.