Para garantir o sucesso da campanha, o ministério apostou em perfis do Zé Gotinha nas redes sociais Instagram, Threads e Tik Tok. Além disso, equipes do ministério começarão a percorrer o Brasil para ajustar as estratégias de vacinação junto aos gestores e lideranças locais. O investimento previsto para a campanha é de mais de R$ 150 milhões.
Desde 2017, as taxas de cobertura de vacinas obrigatórias para crianças, como as contra sarampo e poliomielite, começaram a cair. No ano passado, um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostrou que a maioria dos índices de vacinação não ultrapassa os 70%, muito aquém da meta de 90%. Esses dados representam um retrocesso alarmante, colocando o Brasil em uma situação semelhante à dos anos 1980.
Em nota, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, alertou para o risco de reintrodução de doenças que já estavam eliminadas no Brasil devido à queda nas coberturas vacinais nos últimos anos. Ela ressalta a importância de proteger as crianças e adolescentes, afirmando que o direito à vacinação é o direito à vida que não pode ser negado.
No primeiro semestre deste ano, o governo federal antecipou a campanha de multivacinação nos estados do Amazonas, Acre e Amapá. Essa escolha foi feita com o objetivo de combater doenças que já haviam sido erradicadas no Brasil, devido à queda nas taxas de vacinação nos últimos anos. O alerta foi reforçado pela notificação de casos de poliomielite no Peru, em uma região de fronteira com o Brasil, no mês de março.
A campanha de multivacinação busca, portanto, reverter a queda nas coberturas vacinais, proteger a saúde das crianças e adolescentes e evitar a reintrodução de doenças no país. Com investimento significativo e estratégias inovadoras, o Ministério da Saúde espera obter resultados positivos e garantir que o direito à vacinação seja assegurado a todos os brasileiros.