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Julgamento de Fernando Collor é adiado novamente devido a pedido de vista de ministro do STF.

O ex-presidente Fernando Collor teve mais um adiamento no julgamento que pode resultar em sua prisão devido a um pedido de vista feito pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O caso ocorreu após Collor ter sido condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Lava Jato no ano passado.

O julgamento do último recurso de Collor teve início em fevereiro, mas foi interrompido por uma vista do ministro Dias Toffoli. O recurso apresentado pela defesa de Collor é do tipo embargos de declaração, que busca esclarecer possíveis obscuridades e contradições na sentença, sem a intenção de reverter a condenação. Este é o terceiro recurso desse tipo apresentado, o que tem adiado o cumprimento da sentença até o trânsito em julgado.

Na última sexta-feira (7), Toffoli apresentou um voto para diminuir a pena de Collor em seis meses, seguindo a média dos votos dos ministros. O ministro entende que estabelecer um “voto médio” seria mais apropriado do que seguir a pena sugerida pelo ministro Alexandre de Moraes, revisor do caso. Após o voto de Toffoli, o ministro Gilmar Mendes solicitou mais tempo para análise do caso, conforme o regimento interno do STF.

Até o momento, os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin votaram pela rejeição dos embargos de declaração e pela determinação da prisão de Collor. O ex-presidente foi condenado por receber vantagens indevidas em contratos da BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras, enquanto era dirigente do PTB.

Além da condenação de Collor, dois de seus ex-assessores também foram condenados, porém poderão substituir as penas por prestação de serviços à comunidade. O caso continua em análise no Supremo Tribunal Federal, aguardando a finalização do julgamento que pode resultar na prisão do ex-presidente Fernando Collor.

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