Durante a sessão, os ministros vão decidir se Domingos Brasão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Chiquinho Brazão, deputado federal, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa se tornarão réus por homicídio e organização criminosa. Todos estão presos desde março em função das investigações sobre o assassinato.
Além de Moraes, participarão da sessão os ministros Flavio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia. A acusação feita pela procuradoria alega que o assassinato de Marielle foi encomendado pelos irmãos Brazão, com a participação do ex-chefe da Polícia Civil do Rio, para proteger interesses econômicos de milícias e desencorajar atos de oposição política. A base da denúncia é a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso da execução dos homicídios.
A defesa dos acusados argumentou no Supremo a rejeição da denúncia por falta de provas. Os advogados de Domingos Brazão afirmaram que a Corte não pode julgar o caso devido à presença do deputado Chiquinho Brazão nas investigações. Já a defesa de Chiquinho Brazão alegou que as acusações não têm ligação com seu mandato parlamentar e que não há provas da ligação dos irmãos com ocupação ilegal de terrenos no Rio de Janeiro.
O desfecho desse julgamento é aguardado com grande expectativa pela sociedade, pois trata-se de um caso emblemático que chocou o país. A decisão da Primeira Turma do STF poderá ter repercussões significativas no âmbito da justiça e da política brasileira.