A audiência está sendo realizada de forma virtual e está sendo conduzida por um juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, responsável por determinar as prisões dos envolvidos: Mateus de Carvalho Sposito, ex-funcionário da Secretaria de Comunicação da Presidência da República; o empresário Richards Dyer Pozzer; o influenciador digital Rogério Beraldo de Almeida; Marcelo Araújo Bormevet, policial federal; e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército.
De acordo com as investigações, a Abin teria sido utilizada durante o governo Bolsonaro para beneficiar filhos do ex-presidente, monitorar ilegalmente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e políticos de oposição.
Em relação às acusações, em nota divulgada nesta sexta-feira, o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, negou qualquer envolvimento em uso ilegal do órgão durante sua gestão. Ramagem afirmou que as acusações são “ilações e rasas conjecturas” com o objetivo de prejudicar sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro.
O senador Flávio Bolsonaro também se pronunciou, alegando que o relatório de investigação da PF foi divulgado para prejudicar a candidatura de Ramagem. Ele negou qualquer ligação com a Abin e afirmou que a divulgação do documento às vésperas das eleições tem o intuito de prejudicar a candidatura do delegado à prefeitura do Rio de Janeiro.
Até o momento, o presidente Jair Bolsonaro não se manifestou sobre o caso. A Agência Brasil está tentando entrar em contato com os demais citados para incluir os seus posicionamentos no texto.