O Conselho da Pessoa Idosa nomeia e empossa 36 novos membros, contribuindo para representatividade e participação ativa da população idosa.

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, deu posse, nesta terça-feira (22), a 36 membros do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDPI), para o biênio 2023-2025. A cerimônia marcou um marco histórico na representatividade do órgão, pois, pela primeira vez, houve uma ampliação do número de integrantes da sociedade civil. Antes, eram 14 membros, mas agora são 18, o mesmo número de representantes do governo federal.

Essa mudança na composição do Conselho trouxe resultados positivos, pois permitiu a participação de segmentos antes excluídos, como a população LGBTQIA+, mulheres, povos originários e a igualdade racial. Com isso, a representatividade no Conselho ganhou ainda mais força, proporcionando uma visão mais pluralista e ampla da realidade dos idosos no Brasil.

O objetivo do CNDPI é elaborar diretrizes para a formulação e implementação da Política Nacional da Pessoa Idosa, buscando garantir a dignidade e os direitos dessa população. Durante a solenidade de posse, o ministro Silvio Almeida ressaltou a importância do significado do envelhecimento, lembrando que essa palavra envolve o acúmulo de experiências e sabedoria.

O secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do MDHC, Alexandre da Silva, também destacou a relevância do trabalho do Conselho nesse biênio. Ele ressaltou que o direito de envelhecer deve ser garantido a todas as pessoas e que esse compromisso é o legado que eles pretendem deixar durante sua gestão. Além disso, ele enfatizou que o critério cronológico para definir a idade para a proteção dos direitos é insuficiente, pois há grupos sociais que, em sua maioria, não chegam aos 60 anos.

A presidente da Comissão Eleitoral para escolha das entidades da sociedade civil no CNDPI, Maria Coreti dos Santos, celebrou a participação das entidades representativas nesse momento histórico de reconstrução da democracia. Segundo ela, a inclusão de temas como a igualdade racial, mulheres, pessoas indígenas e LGBTQIA+ é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

O deputado Aliel Machado (PV-PR), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados, também ressaltou a importância do Conselho e defendeu a ampliação do orçamento público para custear políticas voltadas para essa população. Para ele, a posse no Conselho é um exemplo de cidadania e direito humano, com a participação efetiva da sociedade na busca por superar desafios e diminuir as desigualdades existentes no país.

Com a posse dos novos membros, o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa inicia uma nova trajetória com a esperança de promover medidas que garantam o envelhecimento digno e o exercício pleno da cidadania para os idosos brasileiros. A ampliação da representatividade do órgão é um passo importante na luta pelos direitos dessa população e na construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária.

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