Líderes mundiais pedem que Israel cumpra leis internacionais e cesse ataques a civis palestinos em Gaza

Após quase vinte dias de intensos bombardeios do Exército de Israel sobre a Faixa de Gaza, líderes de várias partes do mundo e chanceleres cobraram, nesta quinta-feira (26), que o Estado israelense cumpra as leis internacionais e ponha fim à morte de civis palestinos. O número de vítimas já ultrapassa 7 mil, sendo 3 mil crianças.

Os bombardeios de Israel foram uma retaliação a um ataque em massa de militantes do Hamas em 7 de outubro, que vitimou 1,4 mil israelenses. A situação escalou rapidamente, causando alarme e comoção internacional.

Nesta quinta-feira (26), ministros das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Barein, Arábia Saudita, Omã, Catar, Kuwait, Egito e Marrocos condenaram veementemente os ataques a civis e as violações da lei internacional em Gaza. Em uma declaração conjunta, ressaltaram que o direito à autodefesa de Israel não pode justificar a violação dos direitos dos palestinos. Além disso, os ministros árabes também criticaram o deslocamento forçado e a punição coletiva que ocorrem na Faixa de Gaza.

Enquanto isso, o ministro de Negócios Estrangeiros do Irã, Hossein Amirabdollahian, advertiu que os Estados Unidos não serão poupados caso a guerra em Gaza continue. Essa declaração reflete a preocupação crescente com o conflito e suas possíveis repercussões internacionais.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também se pronunciou sobre o conflito, afirmando que o Ocidente ignora as leis quando sangue muçulmano é derramado. Ele criticou os governos ocidentais e sua resposta aos bombardeios de Israel, questionando se a Declaração Universal dos Direitos Humanos ainda é válida. Erdogan até mesmo cancelou uma visita que faria a Israel, lamentando o aperto de mão que deu ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na Assembleia Geral da ONU no mês passado.

Enquanto isso, o primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, reiterou a necessidade de uma operação militar para eliminar o Hamas, mas ressaltou a importância de que ela seja conduzida em conformidade com o Direito Internacional. Ele enfatizou a importância de minimizar os danos à população civil durante essas ações.

Essa tensão crescente e a resposta internacional destacam a gravidade e a complexidade do conflito na região. É necessário que as partes envolvidas encontrem uma solução pacífica que respeite as leis internacionais e proteja a vida dos civis, independentemente de sua nacionalidade ou religião. A comunidade internacional deve continuar pressionando por um cessar-fogo imediato e um diálogo construtivo entre Israel e Palestina.

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