Em comunicado, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, informou que a medida foi discutida em uma reunião que contou com a participação de representantes das centrais sindicais, das frentes parlamentares do Comércio e Serviços e do Empreendedorismo, além do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Marinho destacou a importância de chegar a um texto que respeite o direito às negociações, o direito dos empregados e proteja cada trabalhador.
No entanto, vale relembrar que no fim de janeiro o ministro havia anunciado que cerca de 200 atividades consideradas essenciais ficariam de fora da norma e não precisariam de convenção coletiva para trabalhar aos feriados. A publicação da portaria em novembro passado já havia gerado controvérsias, pois obrigava a convenção coletiva para o trabalho aos feriados em todos os setores do comércio. O texto chegou a ser revogado uma semana depois, após a ameaça da Câmara dos Deputados de aprovar um decreto legislativo cancelando a portaria.
A expectativa agora é que nos próximos meses as partes cheguem a um consenso que salvaguarde os interesses dos trabalhadores, dos empresários e do governo. O adiamento da entrada em vigor das novas regras evidencia a complexidade do tema e a necessidade de um amplo debate para se chegar a um entendimento que seja benéfico para todos os envolvidos.