Castro afirmou que a dívida do estado com a União já foi renegociada várias vezes desde a década de 1990, quando era de R$ 13 bilhões. No entanto, mesmo após o pagamento de aproximadamente R$ 153 bilhões, sendo a maior parte referente a juros e encargos, ainda restam R$ 188 bilhões a serem quitados. O governador alega que as condições impostas pelo governo federal ao longo dos anos foram consideradas abusivas pelo estado do Rio de Janeiro.
O objetivo do recurso ao STF é revisar a metodologia de atualização da dívida dos estados, não apenas do Rio de Janeiro, mas de todos os outros entes federativos. O governo estadual alega que a dívida aumentou de forma exponencial devido aos indexadores de juros utilizados, além de outras questões como a venda do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj). Tais fatores tornaram a dívida praticamente impagável e prejudicaram a capacidade de investimento e a oferta de serviços à população.
Após tentativas de diálogo com o governo federal ao longo de 2023, o governador considera o recurso ao STF como uma medida necessária para garantir o equilíbrio financeiro do Rio de Janeiro. A Secretaria do Tesouro Nacional e o Ministério da Fazenda foram procurados para comentar o assunto, mas não se pronunciaram. A expectativa agora é aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal em relação ao pedido de suspensão do pagamento da dívida.