O general, que atuou como chefe do Comando de Operações Terrestres (Coter) até dezembro de 2023, confirmou ter se encontrado três vezes com Bolsonaro, mas negou ter discutido qualquer plano de golpe de Estado, uso de operações especiais ou a decretação de Estado de Defesa ou de sítio no país.
Durante o depoimento, Theóphilo ficou em silêncio ao ser questionado sobre os motivos da reunião ocorrida em 9 de dezembro de 2022. Segundo informações da PF, nessa data Bolsonaro teria pedido ajustes na minuta do plano de golpe que estava sendo elaborada pelo governo.
Ao responder sobre o motivo do encontro, o general afirmou que preferia manter o silêncio por não ter o contexto completo das conversas. Ele ainda acrescentou que foi à reunião a pedido do general Freire Gomes, então comandante do Exército, porém, Gomes negou essa afirmação em seu depoimento à PF.
Posteriormente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que é relator das investigações sobre a suposta tentativa de golpe por parte de Bolsonaro, decidiu retirar o sigilo de todos os depoimentos prestados pelos envolvidos na operação.
Essas revelações trouxeram à tona mais detalhes sobre os bastidores do governo e levantaram questionamentos sobre a conduta do ex-presidente após as eleições de 2022. O desenrolar das investigações promete trazer mais informações sobre o caso e esclarecer os fatos ocorridos durante aquele período conturbado da política brasileira.