De acordo com os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde e presentes no cartão de vacinação, Bolsonaro teria sido vacinado em 19 de julho de 2021 na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, localizada na zona norte de São Paulo. No entanto, a CGU verificou que o ex-presidente não estava na capital paulista na referida data e que o lote de vacinação registrado no sistema do Ministério da Saúde não estava disponível na UBS indicada para a imunização.
Além do ex-presidente, o coronel Mauro Cid, que atuou como ajudante de ordens de Bolsonaro, também foi indiciado pela PF. Ele é apontado como o responsável pela elaboração e emissão dos cartões falsos de vacinação contra a covid-19 para o ex-presidente e seus familiares. Em um depoimento recente à PF, Mauro Cid respondeu a perguntas relacionadas à investigação, sendo essa a sétima vez que ele é chamado para prestar esclarecimentos.
O advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, utilizou as redes sociais para criticar a divulgação do indiciamento, chamando atenção para os vazamentos de informações. Já a defesa de Mauro Cid foi procurada pela Agência Brasil para comentar o caso, porém ainda não se pronunciou.
Essa nova etapa na investigação evidencia a complexidade e seriedade das acusações envolvendo o ex-presidente e seu ex-ajudante, trazendo à tona mais um capítulo controverso na política brasileira. A sociedade aguarda ansiosamente por desdobramentos e esclarecimentos sobre o caso.